Os Perversos são uma das facções mais formidáveis e valentes de Esperia. Famosos pela sua resistência e aptidão para as artes marciais, estão longe de ser meros bárbaros: são guerreiros de coração nobre e espírito indomável. Orgulham-se da "Vontade Perversa" que lhes é bem própria e que desempenhou um papel crucial na guerra contra os Hipogeus.
Situados em regiões inóspitas, os Perversos têm como principal fonte de subsistência a caça, atividade que, por requerer muita força e preparo, exclui idosos e enfermos. Por essa razão, é em torno do princípio da "sobrevivência do mais apto" que toda a cultura Perversa é estruturada. Isso se exemplifica no fato de que, segundo ela, é natural que os indivíduos mais fortes recebam recursos limitados com prioridade.
Apesar do papel central do duelo e da caça no seu estilo de vida, os Perversos têm uma cultura e tradições riquíssimas, repletas de mitos, lendas e festivais de todo tipo que contribuem para formar um povo alegre e cheio de vida.
Duelar é uma atividade importantíssima na sociedade Perversa. Só os mais fortes sobrevivem aos combates ferrenhos, e os vitoriosos são honrados e respeitados por todos. É assim que muitos guerreiros Perversos constroem sua reputação. Alguns chegam a competir todos os anos não só para apurar suas habilidades de combate, como também pela emoção da batalha.
▲ A Arena Mirassol, construída no deserto com um enorme empenho e muitos recursos, é o palco no qual os guerreiros se sagram campeões.
▲ A rivalidade entre clãs e grupos é corriqueira. De fato, é normal que conflitos internos e externos se prolonguem por anos.
A proficiência na caça é extremamente valorizada. As posições de prestígio da sociedade Perversa não estão reservadas apenas para guerreiros habilidosos, mas também para caçadores experientes. Entre os Perversos, um clã que conta com poucos caçadores habilidosos logo vê sua existência ameaçada.
Os inúmeros clãs Perversos espalhados Deserto Cinerário afora exibem uma enorme diversidade de organizações e culturas, o que se nota pelas suas vestes, ferramentas e adornos característicos. Vamos dar uma olhada mais atenta em alguns desses clãs!
▲ O Clã Uru é cheio de crianças muito diferentes entre si: umas são cheias de energia, outras são fofas e enternecedoras.
▲ O Clã Vilbocarra é feroz e armado até os dentes com um arsenal que compreende desde espadas recurvas leves até machados enormes. Encontraremos nele aliados ou adversários?
A cultura do povo Perverso se manifesta fortemente na arquitetura, nos estandartes, nos totens, nas máscaras, na literatura e em toda a arte que ele produz, e cada uma dessas formas conta ainda com as peculiaridades do clã em que se origina. Mas em toda essa arte se observa uma conexão profunda com a natureza e uma perseverança inabalável.
▲ As tendas do Clã Vilbocarra, feitas a partir de peles e presas de animais, criam uma atmosfera primitiva, selvagem. Toda matéria-prima, obtida sempre por meio da caça, tem o seu propósito: as presas simbolizam coragem e força, uma prova do triunfo sobre as forças impiedosas da natureza!
▲ As tendas do Clã Uru são feitas com métodos mais simples do que as do Clã Vilbocarra, já que as crianças órfãs não tinham a mesma habilidade que os artesãos experientes. A situação era ainda pior no início: as tendas raramente resistiam às condições climáticas extremas do deserto. Mas os jovens artesãos foram melhorando conforme precisaram reconstruir as tendas, até desenvolverem as estruturas robustas que vemos hoje — um símbolo do espírito inquebrantável do Clã Uru.
▲ Os estandartes dos Perversos, hasteados em enormes presas de animais, tremulam altivos. Eles parecem quase uma declaração de guerra.
▲ Os totens, parte integrante do Festival da Canção Bélica, são um importante símbolo cultural para todos os clãs Perversos. Os formatos e a criatividade posta neles manifestam crenças pessoais, memórias e lendas antiquíssimas.
Essas peculiares marcas culturais expressam uma identidade que cada um dos inúmeros clãs desérticos forjou lutando contra todo tipo de adversidade — um penoso estilo de vida que é digno de toda a nossa admiração.
Na imensidão do deserto, o estilo de vida dos Perversos reúne, por um lado, uma cultura riquíssima e, por outro, um aguçado instinto de sobrevivência. A ligação profunda dos Perversos com a natureza e a sua determinação inquebrantável não só encarnam a persistência da vida, como também parecem ter muito a nos dizer sobre o próprio sentido dela.
Prepare o protetor solar e venha se aventurar com a gente!